segunda-feira, 1 de outubro de 2018

SÃO MIGUEL DEGOLADO, CRUZ EM PEDAÇOS!!!


Repicar dos sinos anunciando a procissão da bandeira que bandeirava a partida da festa sagrada de São Miguel e Bom Jesus, rezas e evocações a Deus para que a terra das antigas gameleiras continuasse sendo abençoada também pelos seus padroeiros, trem com barulho ensurdecedor pequeno, mas marcante, carrossel com cavalos iluminados e poltronas para mães e pais preocupados com o cavalgar dos mais modernos dentro do mesmo brinquedo de cavalos, carrinhos com faróis pequenos, mas iluminados pelo olhar das crianças que faziam fila para andar em círculo nos mesmos, Banda Novo Século executando o dobrado Saudades da Minha Terra e as senhoras aplaudindo os acordes de lembranças do setembro passado, de uma festa que reunia todas as famílias e aquecia a economia da Santa Cruz de São Miguel e Bom Jesus.


Antigos moradores de Santa Cruz do Capibaribe retornando para sua terra apenas para participar de uma noite especial em sua homenagem, e também para ver a procissão com sua carga de fé e coragem do povo trabalhador de Santa Cruz do Capibaribe, barracas com comidas diversas alimentando também a matéria, bebidas e atrações populares no palco para contribuir com o processo de encontro da sociedade da terra das confecções e cidades circunvizinhas.


Tudo isso em uma avenida de nome relativamente conhecida, Avenida Padre Zuzinha, a mesma da Matriz do Bom Jesus e São Miguel, a mesma dos casarões antigos que nos remetem ao passado, a mesma que foi marcada pelo centenário da Paróquia com desfile Histórico, a mesma que sentiu a degola de São Miguel, seu corpo foi arrastado para a 29 de dezembro, sua cabeça ficou na igreja, que força política nenhuma é capaz de destruir, a Cruz do Senhor foi despedaçada, e seus pedaços atingiram em cheio o coração do povo da Avenida Padre Zuzinha que sabe a importância das palavras, tradição, família, respeito e fé, esses por sua vez, apenas devem agradecer ao poder Municipal o presente dado no ano do Centenário, e torcer para que nos duzentos anos, isso seja lembrado como marca do enterro do povo sabedor da importância da festa de Setembro em 2018. No mais fica o dito para ser reescrito e ponto final.

Publicado no Blog do Marcondes Moreno

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